Meta descrição: Guia de multitenancy no n8n em VPS: isole clientes com Docker, Nginx e subdomínios para segurança, escalabilidade e gestão simplificada.

Rodar automações para mais de um cliente no mesmo servidor é uma das formas mais rápidas de transformar o n8n em uma operação “de agência”: você cria, mantém e cobra por ambientes separados, sem precisar pagar uma VPS por cliente logo de cara. O desafio, claro, é fazer isso com isolamento, segurança e organização.
Neste guia, você vai entender como fazer multitenancy no n8n em VPS de um jeito prático (e amigável para iniciantes), usando uma estratégia bem comum no mercado:
- Uma VPS com Docker/Docker Compose
- Múltiplas instâncias do n8n (uma por cliente ou por projeto)
- Reverse proxy (Nginx) para expor cada instância com subdomínios
- Persistência separada (banco/volume) e boas práticas de segurança
Antes de começar, um aviso importante: o n8n não foi pensado originalmente como um “SaaS multi-tenant” nativo (com RBAC/organização por cliente em um único painel). Então, quando falamos em multitenancy aqui, estamos falando do modelo mais seguro e comum: instâncias separadas para cada cliente. Isso dá mais controle e reduz o risco de um cliente “vazar” dados do outro.
Ao longo do artigo, você vai ver:
- Quando vale a pena optar por multitenancy em uma VPS
- Como isolar clientes no n8n com Docker do jeito certo
- Como montar n8n multi-tenant com subdomínios
- Como rodar múltiplas instâncias do n8n na VPS passo a passo
- Dicas para não sofrer com performance, backups e segurança
Se você seguir a abordagem com calma, dá para sair do “um n8n para tudo” e chegar num ambiente bem profissional, com cada cliente no seu endereço e com seus próprios segredos, credenciais e históricos.
Por que escolher multitenancy no n8n em VPS?
Fazer multitenancy no n8n em VPS costuma ser a escolha natural quando você começa a atender mais de um cliente (ou quando o mesmo cliente pede ambientes separados, como produção e homologação). O motivo é simples: você ganha escala sem multiplicar a complexidade na mesma proporção.
Na prática, multitenancy em VPS significa: “eu tenho uma infraestrutura sob meu controle e consigo hospedar várias instâncias do n8n de forma organizada”. Isso é diferente de simplesmente criar várias pastas ou várias credenciais dentro de um único n8n; aqui, a ideia é dar a cada cliente um espaço isolado, reduzindo o risco de erro humano e aumentando a confiança.
Benefícios mais importantes
Um ambiente multi-tenant bem planejado costuma trazer ganhos claros:
1) Isolamento e segurança: cada cliente tem suas próprias credenciais, variáveis e banco/volume. Se você precisa revogar acessos, é muito mais fácil.
2) Manutenção previsível: atualizar o n8n de um cliente sem derrubar os demais (ou atualizar em janelas diferentes) vira algo viável.
3) Escalabilidade por cliente: alguns clientes têm 2 fluxos rodando 1 vez por dia; outros disparam 20 mil execuções. Em instâncias separadas, você consegue ajustar limites e recursos caso precise.
4) Organização comercial: cobrar por “instância” (ou por pacote com instância dedicada) simplifica proposta, contrato e suporte.
Quando faz mais sentido (e quando não faz)
Esse modelo costuma ser ótimo para agências, freelancers e times internos que atendem múltiplas áreas. Já se você quer oferecer um produto estilo plataforma (com login, planos e autosserviço), aí você está mais perto de construir um SaaS — o que envolve camadas extras (gestão de usuários, billing, observabilidade, etc.).
No mundo real, muita gente começa com múltiplas instâncias do n8n em uma VPS e, conforme cresce, evolui para:
- Mais de uma VPS (separando clientes grandes)
- Um proxy mais robusto
- Banco dedicado
- Rotina de backups e monitoramento profissional
O ponto é: multitenancy em VPS é um caminho bem “pé no chão” para crescer sem perder o controle.
🤖 Um próximo passo natural: aprender n8n + Agentes de IA com projetos prontos (sem depender de código)
Quando você começa a trabalhar com n8n multi-tenant, normalmente aparece uma demanda junto: além de “rodar o n8n”, você precisa entregar automações e agentes que gerem resultado para o cliente (vendas, suporte, operações, relatórios). E aí ter um caminho guiado, com projetos reais, acelera muito.
Uma formação que faz sentido nessa fase é a Formação Agentes de IA (n8n) da Hora de Codar: ela é bem mão na massa, tem 221+ aulas, 21+ projetos, 20h+ de conteúdo e uma comunidade grande (8100+ alunos). O legal é que não fica só na teoria de IA: entra forte em n8n, integrações, agentes, RAG e também na parte de colocar em produção.
Se você quiser dar uma olhada com calma, o link está aqui (vale salvar para quando você for padronizar suas entregas):
https://app.horadecodar.com.br/lp/formacao-agentes-de-ia-n8n?utm_source=blog
Como isolar clientes no n8n com Docker: práticas recomendadas
A forma mais comum e segura de isolar clientes no n8n com Docker é simples de explicar: um container do n8n por cliente + persistência separada + configurações/segredos separados. Assim, mesmo que você administre tudo na mesma VPS, cada cliente fica “em sua própria caixinha”.
1) Um Compose por cliente (ou um único Compose com serviços separados)
Você pode organizar de duas maneiras:
- Pasta por cliente (recomendado para iniciantes): cada pasta tem um
docker-compose.ymlpróprio, um.envpróprio e seus volumes. - Um único
docker-compose.ymlcom vários serviços: funciona, mas fica mais fácil errar e misturar variáveis.
Para isolamento operacional, a “pasta por cliente” costuma vencer porque te obriga a pensar em ambiente separado.
2) Persistência separada: volume/banco por cliente
O n8n armazena dados como credenciais e histórico em um banco (por padrão, SQLite, mas em produção é muito comum usar Postgres). Para isolamento, a ideia é:
- Cada cliente com seu próprio banco Postgres (ideal)
- Ou, no mínimo, um schema/database separado por cliente
Isso evita que uma restauração de backup de um cliente afete os demais e facilita exportar/migrar clientes.
3) Variáveis de ambiente e segredos
Evite colocar segredo “hardcoded” em compose. Use .env por cliente e padronize nomes. Exemplos de variáveis importantes:
N8N_ENCRYPTION_KEY(crítica para criptografia de credenciais)N8N_HOST,N8N_PROTOCOL,WEBHOOK_URL(para URLs corretas)DB_TYPE,DB_POSTGRESDB_*(se usar Postgres)
Regra prática: nunca reutilize N8N_ENCRYPTION_KEY entre clientes. Isso é parte do isolamento.
4) Redes Docker: expor só o necessário
Crie uma rede interna para cada cliente ou uma rede compartilhada apenas entre n8n e proxy. O banco de dados não deve ficar exposto na internet. Em geral:
- Proxy (Nginx) exposto nas portas 80/443
- n8n e Postgres acessíveis apenas via rede Docker
5) Logs e auditoria
Em ambiente multi-tenant, identificar problema rápido é metade do trabalho. Padronize logs por cliente (nome do container, pasta, stack). Se você usa Docker, já dá para ganhar muito só com convenção de nomes.
Com essas práticas, você já cria um “chão sólido” para crescer: fica mais fácil fazer backup, atualizar, migrar e, principalmente, manter a confiança de que um cliente não enxerga o outro.
Vídeo recomendado: como instalar o n8n na VPS (base perfeita para multitenancy)
Se você ainda está consolidando a parte de VPS + instalação, este vídeo ajuda muito a deixar o ambiente pronto antes de partir para múltiplas instâncias e subdomínios. A ideia é você dominar o “primeiro n8n no ar” e depois replicar o padrão para cada cliente.
Assista aqui e já aproveite para se inscrever no canal: https://www.youtube.com/embed/VCKzXFk_XjM?si=eOBTMrjZNPj3q07Z
Configurando subdomínios para n8n multi-tenant
Quando você coloca várias instâncias no ar, a pergunta inevitável é: como acessar cada uma sem confusão? É aqui que entram os subdomínios, o coração do modelo n8n multi-tenant com subdomínios.
A ideia é que cada cliente tenha um endereço próprio, por exemplo:
cliente1.seudominio.com→ n8n do Cliente 1cliente2.seudominio.com→ n8n do Cliente 2
Isso facilita suporte (“me manda o link do seu painel”), reduz erro humano e deixa o projeto com cara profissional.
1) DNS: a base de tudo
No provedor do seu domínio, você cria registros do tipo A apontando para o IP da sua VPS. Você pode criar um por cliente, ou usar um wildcard:
*.seudominio.com→ IP da VPS
O wildcard simplifica bastante quando você cria clientes com frequência.
2) Reverse proxy com Nginx
O Nginx recebe as requisições na porta 80/443 e “encaminha” para o container certo, com base no server_name (o subdomínio).
Conceito básico:
server_name cliente1.seudominio.com;→ proxy_pass parahttp://n8n_cliente1:5678server_name cliente2.seudominio.com;→ proxy_pass parahttp://n8n_cliente2:5678
O detalhe mais importante no n8n é garantir que as URLs externas batam com a realidade. Em cada instância, você ajusta:
N8N_HOST=clienteX.seudominio.comN8N_PROTOCOL=httpsWEBHOOK_URL=https://clienteX.seudominio.com/
Se isso estiver errado, webhooks e callbacks podem falhar (especialmente integrações que dependem de URL pública, como OAuth e gatilhos).
3) HTTPS (certificado SSL)
Em produção, use HTTPS sempre. Você pode fazer isso com:
- Certbot + Nginx
- Ou um proxy que automatize certificados
O mais importante para multi-tenant é manter o processo simples, porque você fará isso muitas vezes.
4) Boas práticas de nomenclatura
Padronize subdomínios por cliente e evite caracteres estranhos:
- Prefira
cliente-nome,cliente123,acme - Evite espaços, acentos e nomes muito longos
Isso ajuda tanto no DNS quanto em certificados e documentação.
Quando os subdomínios estão bem montados, você desbloqueia um fluxo de trabalho agradável: “subi o cliente, criei o subdomínio, gerei SSL, entreguei acesso” — e vida que segue.
Rodando múltiplas instâncias do n8n na VPS: passo a passo
A seguir está um passo a passo bem direto para rodar múltiplas instâncias do n8n na VPS, mantendo o isolamento por cliente. Vou assumir Docker + Docker Compose, que é a combinação mais comum e prática.
Visão geral do que você vai montar
- 1 VPS
- 1 proxy (Nginx) “na frente”
- N instâncias do n8n (uma por cliente)
- 1 Postgres por cliente (ou, se preferir, um Postgres “central” com databases separadas)
Passo 1) Prepare a VPS
Instale Docker e Docker Compose. Depois, crie uma estrutura de pastas como:
/opt/n8n/proxy/opt/n8n/clientes/cliente1/opt/n8n/clientes/cliente2
Isso evita bagunça no futuro.
Passo 2) Suba o proxy (Nginx)
No proxy, você configura:
- Uma rede Docker (ex:
proxy_net) - O Nginx ouvindo 80/443
- Um arquivo de configuração por cliente (ex:
cliente1.conf)
O proxy precisa conseguir “ver” os containers do n8n. Então, conecte os containers na mesma rede do proxy (ou use redes conectadas).
Passo 3) Crie o ambiente do Cliente 1
Dentro de /opt/n8n/clientes/cliente1, crie:
.envcom variáveis específicas do cliente (host, webhook url, encryption key)docker-compose.ymlcom serviçosn8nepostgres(ou apontando para um Postgres existente)
Defina um nome claro para os serviços/containers, por exemplo:
n8n_cliente1postgres_cliente1
E conecte o n8n_cliente1 na rede do proxy.
Passo 4) Configure o Nginx para o subdomínio
Crie um server no Nginx com:
server_name cliente1.seudominio.com;proxy_passpara o serviço do n8n do cliente- Cabeçalhos comuns de proxy (host, real ip, upgrade websocket)
Depois, recarregue o Nginx.
Passo 5) Repita para Cliente 2, 3, 4…
O pulo do gato é a repetição com padrão:
- nova pasta
- novo
.env(principalmenteN8N_ENCRYPTION_KEY) - novo banco/volume
- novo
server_name
Com isso, você monta multitenancy de forma incremental.
Passo 6) Backups e migração (não deixe para depois)
Logo no início, defina como você vai fazer backup:
- dump do Postgres por cliente
- cópia de volumes importantes
Em ambiente multi-tenant, backup não é “extra”: é parte do produto.
Se você seguir esse fluxo, sua VPS vira uma “plataforma” de instâncias isoladas. E quando um cliente crescer demais, você consegue migrar só aquela instância para outra VPS sem reestruturar todo o resto.
💻 VPS para n8n multi-tenant: por que eu iria de Hostinger
Para multitenancy no n8n em VPS, a VPS precisa ser estável (porque qualquer oscilação derruba vários clientes) e, ao mesmo tempo, fácil de escalar quando a demanda cresce. Uma opção que costuma funcionar bem é a VPS da Hostinger, que já permite subir recursos conforme você precisa e tem foco em simplicidade de gerenciamento.
O ponto que ajuda bastante para n8n é que você tem controle total do ambiente, pode rodar execuções ilimitadas (sem limites artificiais de SaaS), usar nodes da comunidade e manter tudo com boa previsibilidade. Eles também oferecem planos com armazenamento NVMe e 99,9% de uptime.
Se você quiser conferir os planos, use o link de indicação e aplique o cupom para economizar:
Link: https://www.hostinger.com.br/horadecodar
Cupom: HORADECODAR
Dica prática: se você está começando a hospedar múltiplos clientes, normalmente faz sentido partir de um plano com folga de RAM (porque Postgres + n8n + proxy somam rápido) e ir ajustando conforme o uso real.
Dicas de gestão, performance e segurança em ambientes multi-tenant
Depois que você consegue colocar várias instâncias no ar, o jogo vira outro: o desafio passa a ser manter o ambiente estável, rápido e seguro. Abaixo estão práticas que fazem diferença quando você trabalha com multitenancy no n8n em VPS.
Gestão: padronização é seu melhor amigo
Tenha um padrão para tudo: nome de pasta, nome de container, variáveis, subdomínios e até documentação. Em multi-tenant, o erro mais comum é humano (reiniciar o cliente errado, editar o arquivo errado, apagar o volume errado). Um padrão reduz esse risco.
Uma dica simples é manter um “checklist” por cliente: subdomínio, SSL, .env, encryption key, backup, usuário admin inicial e contato técnico.
Performance: evite sobrecarregar a VPS
O n8n pode ficar pesado dependendo do tipo de fluxo (muitos HTTP requests, parsing de dados, IA, etc.). Algumas boas práticas:
- Separe clientes “barulhentos” (alto volume) em instâncias dedicadas ou até VPS separada
- Ajuste concorrência e horários de execução para evitar picos
- Monitore uso de CPU/RAM e espaço em disco (log e banco crescem)
Se você perceber que uma VPS está sempre no limite, normalmente é mais barato e menos estressante subir o plano (mais RAM/CPU) do que “otimizar no escuro”.
Segurança: o básico bem feito já resolve muita coisa
Em multi-tenant, segurança não é só firewall; é processo.
Boas práticas:
- Atualize imagens/containers com rotina (e teste em cliente menor antes)
- Não exponha banco na internet
- Use senhas fortes e gerencie acesso por cliente
- Garanta HTTPS em todos os subdomínios
- Guarde
N8N_ENCRYPTION_KEYcom cuidado (perder isso pode impedir recuperar credenciais)
Observabilidade: saiba quando algo quebrou
Quando um cliente reclamar “parou de funcionar”, você precisa de visibilidade. Considere:
- logs por container
- alertas básicos de uptime
- monitoramento de disco (muito comum estourar por crescimento do Postgres e logs)
Um ponto muitas vezes esquecido: webhooks
Webhooks são a parte mais sensível do n8n. Se proxy, subdomínio e WEBHOOK_URL estiverem alinhados, você ganha estabilidade. Se estiverem “meio certo”, vira uma fonte de bug difícil.
No fim, um ambiente multi-tenant saudável é aquele que você consegue:
- adicionar um cliente em minutos
- restaurar backup com confiança
- atualizar com baixo risco
Esse é o tipo de base que te permite atender mais clientes sem virar refém do operacional.
O que é multitenancy no n8n em VPS e quais são os benefícios?
Multitenancy no n8n em VPS é a prática de hospedar vários ambientes separados de n8n em um mesmo servidor virtual privado (VPS), permitindo atender diversos clientes de forma isolada. Os principais benefícios incluem otimização de recursos, custos reduzidos, facilidade de gestão centralizada e maior escalabilidade, além da possibilidade de garantir segurança entre diferentes ambientes de clientes.
Como garantir o isolamento seguro de cada cliente em um ambiente multitenant no n8n?
O isolamento seguro pode ser garantido utilizando contêineres Docker, configurando cada instância do n8n em um contêiner separado, e um proxy reverso (como Nginx) para gerenciar o acesso por subdomínios. Desse modo, dados, credenciais e fluxos de cada cliente ficam restritos ao seu contêiner, reduzindo riscos de acesso indevido e melhorando a segurança geral do ambiente.
É possível escalar ou personalizar o ambiente de cada cliente no n8n em VPS com multitenancy?
Sim. Com Docker e Nginx, é possível alocar recursos específicos para cada contêiner, facilitando a escalabilidade conforme as necessidades de cada cliente. Além disso, cada instância pode ter variáveis, plugins ou integrações personalizadas, permitindo flexibilidade e customização de acordo com os requisitos de cada cliente.
Conclusão
Fazer multitenancy no n8n em VPS é, na prática, sair do improviso e entrar num modelo mais profissional de entrega: cada cliente com sua instância, seus dados e seu subdomínio. Com Docker, você ganha repetibilidade; com Nginx e subdomínios, você organiza o acesso; e com persistência separada (idealmente Postgres por cliente), você garante isolamento e facilita backup/migração.
Se você guardar uma regra de ouro, que seja esta: multi-tenant não é só “colocar tudo na mesma VPS” — é criar um padrão que permita crescer sem misturar credenciais, sem quebrar webhooks e sem transformar manutenção em caos.
Comece simples (1 proxy + 2 clientes), padronize a estrutura e já trate backup e segurança como parte do projeto. A partir daí, escalar para 10, 20 ou 50 clientes vira muito mais uma questão de capacidade da VPS e organização do que de “reinventar o setup” toda vez.

