Quem se interessa pelo universo da programação, mas ainda não tem muito conhecimento sobre o assunto muitas vezes se questiona: qual é a linguagem de programação mais bem paga?
Dessa pergunta, podem surgir outras, uma vez que as linguagens de programação são muitas, com diferentes funções. Assim, a resposta pode depender do enfoque que você dá e também do modo com você pretende usar essas linguagens.
Neste texto, a Hora de Codar reuniu informações para que você possa chegar à suas próprias conclusões. E para isso, nada melhor que dados! Então, continue lendo para saber alguns números e resultados de pesquisa sobre a linguagem de programação mais bem pagas.
Linguagem da programação mais bem pagas [de acordo com pesquisas]
Confira, abaixo, quais são as linguagens de programação mais bem pagas de acordo com pesquisas em escala mundial e brasileiras.
Pesquisa Stack Overflow 2021
Quem tem um pouquinho mais de familiaridade com a programação certamente já ouviu falar do site Stack Overflow. Trata-se de uma plataforma de perguntas e respostas para quem trabalha como programador ou gosta muito dessa área.
Eles fazem uma pesquisa para saber mais sobre a área todos os anos. Vamos ver um sobre o que as pessoas responderam a respeito das tecnologias mais populares. Considerando as 83.052 respostas:
- JavaScript – 64,9%
- HTML/CSS – 56,07%
- Python – 48,26%
- SQL – 47,08%
- Java – 35,35%
- Node.js – 33,91%
- TypeScript – 30,19%
- C# – 27,86%
- Bash/Shell – 27,13%
- C++ – 24,31%
* Outras tecnologias também foram mencionadas na pesquisa, mas aqui trouxemos apenas as 10 primeiras.
Como você pode notar, a JavaScript ocupa o primeiro lugar, sendo a mais popular para mais de 60% das pessoas que participaram da pesquisa. Ela vem seguida de HTML/CSS e Python, que também ranqueia bem entre os participantes.
A lista inclui tecnologias que não são linguagens de programação, como HTML, mas dá uma panorama interessante. Agora, vamos analisar outros dados em relação à linguagem de programação mais bem paga.
Índice TIOBE
O TIOBE é um índice, voltado para a Comunidade de Programação, que utiliza mecanismos de busca para criar uma lista com as linguagens mais bem pagas como palavras-chave em pesquisas na internet. Essa lista é atualizada mensalmente e você pode consultá-la sempre que quiser.
Um detalhe bem interessante é que a lista compara a posição de cada linguagem de programação com o mesmo período do ano anterior. Assim, é possível visualizar crescimentos na pesquisa ou, por outro lado, queda na busca por alguns termos.
Aqui, trazemos os dados relativos a julho de 2022:
- Python – 13,44%
- C – 13,13%
- Java – 11,59%
- C++ – 10%
- C# – 5,65%
Na análise apresentada pelo CEO da TIOBE, Paul Jansen, não são observadas muitas mudanças no quadro geral do índice em 2022. As quatro primeiras posições, Python, C, Java e C++, somam quase metade da participação no mercado.
Por isso, levando em conta que metade do ano já passou, as principais candidatas à “linguagem de programação do ano” para a TIOBE são Python, C, C++ e C#.
Por enquanto, linguagens novas, que começam a se destacar no mercado, como Rust, Dart e Kotlin não aparecem entre as primeiras 20 mais procuradas. Porém, talvez seja o caso de observá-las mais de perto nos próximos meses.
Você deve ter notado, também, que a JavaScript, primeira na pesquisa Stack Overflow, não aparece entre as 5 primeiras do ranking da TIOBE para julho – a linguagem ocupa a 7ª posição.
Como dissemos, não existem respostas fáceis. Para escolher a linguagem de programação mais indicada para você, é necessário observar vários fatores. Por isso, vamos trazer mais um índice, o PYPL.
Índice PYPL
Esse índice é um pouco parecido com o TIOBE, mas o enfoque dele são as pesquisas por tutoriais no Google. Assim, o PYPL parte do pressuposto de que quanto mais um tutorial é buscado, mais popular é a linguagem de programação.
Você costuma procurar por tutoriais? Considera que essa busca é relevante? Então veja quais são as linguagens que as pessoas querem entender ao redor do mundo, segundo a lista de julho do PYPL:
- Python – 28,38%
- Java – 17,5 %
- JavaScript – 9,29 %
- C# – 7,63 %
- C/C++ – 6,48 %
A lista é longa, mas podemos focar nos 5 primeiros, como fizemos na análise do TIOBE. Considerando que as linguagens C e C++ estão rankeadas juntas, não há uma grande diferença entre o que mostra o TIOBE e o PYPL, exceto por um detalhe nada pequeno: a JavaScript, que neste último índice aparece em terceiro.
Você pode notar que, com algumas mudanças, essas linguagens figuram nos três conjuntos de dados de forma relevante. Com certeza, há indícios de que são bons pontos de partida para quem quer começar a aprender uma linguagem de programação, mas ainda não sabe por onde.
Qual a linguagem de programação mais fácil?
Essas linguagens são ótimos pontos de partida para quem deseja começar a aprender programação, cada uma oferecendo um conjunto único de habilidades úteis:
- Python: Reconhecida por sua sintaxe clara e legível, é frequentemente a primeira escolha para iniciantes em programação. Criada por Guido van Rossum em 1991. Uma curiosidade é ter sido projetada para ser fácil de ler e escrever. Python é amplamente usado para desenvolvimento web, ciência de dados, aprendizado de máquina e automação.
- JavaScript: Introduzido em 1995 por Brendan Eich enquanto trabalhava na Netscape, JavaScript é essencial para o desenvolvimento web front-end. É uma linguagem dinâmica e interpretada, conhecida por sua versatilidade e por alimentar a interatividade na web.
- Ruby: Desenvolvido por Yukihiro “Matz” Matsumoto no Japão na década de 1990, Ruby ganhou popularidade com o framework Ruby on Rails. Seu design foca na simplicidade e produtividade, com uma sintaxe elegante que é natural para ler e fácil de escrever.
- HTML/CSS: Embora não sejam linguagens de programação tecnicamente, HTML e CSS são fundamentais para a criação de páginas web. Criadas em 1990 e 1996, respectivamente, são as bases do layout e estilo de qualquer site.
Qual é a linguagem de programação mais difícil?
Apesar dessas linguagens serem complexas, elas abrem um amplo mercado de oportunidades. Muitos sistemas críticos são escritos nessas linguagens, e os profissionais que podem dominá-las são altamente valorizados:
- C++: Derivado do C na década de 1980 por Bjarne Stroustrup, adiciona uma camada de complexidade com a programação orientada a objetos. Ele é frequentemente usado em desenvolvimento de sistemas e jogos, onde o controle de baixo nível é necessário. A complexidade surge de seus recursos avançados e da necessidade de gerenciar a memória manualmente.
- Assembly: Esta é uma das linguagens mais antigas, datando dos anos 40. A Assembly é conhecida por sua complexidade devido ao fato de ser uma linguagem de baixo nível, significando que o programador precisa gerenciar diretamente a memória e os recursos do sistema.
- Prolog: Desenvolvido nos anos 70, é uma linguagem de programação lógica, amplamente usada em inteligência artificial e linguística computacional. Sua complexidade reside na necessidade de pensar de uma forma “declarativa”, o que pode ser estranho para programadores acostumados com abordagens mais “imperativas”.
- Haskell: Esta linguagem de programação funcional, criada em 1990, é conhecida por sua abstração e pureza. Haskell exige que os programadores pensem de maneira diferente, o que pode adicionar à sua complexidade.
Qual o salário de um desenvolvedor?
A questão do salário de um desenvolvedor é bastante variada e depende de uma série de fatores, incluindo a linguagem de programação usada, a experiência do profissional, o tipo de empresa para a qual ele trabalha e a localização geográfica.
Apesar disso, tendem a ter salários bastante competitivos em relação a muitas outras profissões. Segundo dados da Glassdoor e do LinkedIn, a média salarial de um desenvolvedor em 2023 é de cerca de R$ 96.000 por ano no Brasil.
Ao trabalhar para fora, recebendo em dólar e gastando em real, você pode ter uma média salarial em torno de R$ 500 mil por ano ou mais, mas é necessário saber inglês, viu? Além disso, a maioria são destinadas para profissionais com muita experiência. Bora estudar!
Quanto ganha um dev em Python?
Python é uma das linguagens de programação mais populares e demandadas atualmente, especialmente em campos como a análise de dados e aprendizado de máquina. Tendem a ser muito bem remunerados.
No Brasil, a média salarial para um desenvolvedor Python em 2023 é de cerca de R$ 150.000 por ano, de acordo com o Glassdoor.
Quanto ganha um dev C++?
C++ é outra linguagem de programação muito demandada, usada em uma variedade de aplicações, desde a criação de sistemas operacionais até o desenvolvimento de jogos.
Por causa dessa demanda, os desenvolvedores C++ também costumam ser bem pagos. No Brasil, o salário médio anual para um desenvolvedor C++ é aproximadamente R$ 98.000.
Quem ganha mais, Python ou Java?
Ambas as linguagens, Python e Java, são extremamente populares e amplamente utilizadas em todo o mundo. Python tem visto um aumento significativo na demanda nos últimos anos, principalmente devido ao seu uso em análise de dados e aprendizado de máquina.
Java, por outro lado, tem sido uma das linguagens de programação mais usadas por décadas e é a base para muitos sistemas corporativos.
Apesar disso, em termos de salário, a diferença não é tão grande. No Brasil, um desenvolvedor Python ganha em média R$ 102.000 por ano, enquanto um desenvolvedor Java ganha cerca de R$ 99.000 por ano. É uma diferença pequena, por isso, nós da Hora de Codar indicamos que faça o que mais gosta!
Quanto ganha um dev em C?
C é uma das linguagens de programação mais antigas e ainda é muito utilizada, especialmente em sistemas operacionais e aplicações de baixo nível. Muitas empresas ainda usam e, devido à sua complexidade em relação a outras linguagens mais modernas, os desenvolvedores ganham em torno de R$ 110 mil por ano.
Ah… e não se esqueça: os desenvolvedores de software também podem receber outros benefícios além do salário: bônus, opções de ações, seguro saúde, previdência social e privada, médico, academia com desconto (Gympass) e outros benefícios.
No final das contas, enquanto o salário é certamente uma parte importante da decisão de seguir uma carreira em desenvolvimento de software, não é o único fator. Afinal, muitos desenvolvedores entram no campo por causa do amor pela resolução de problemas e pela satisfação de criar algo novo.
Além disso, o campo do desenvolvimento de software oferece a oportunidade de estar na vanguarda da tecnologia e de fazer um impacto significativo em muitas áreas diferentes da vida.
E se você tem dúvidas sobre seu início, eu te conto o primeiro passo: seguir a Hora de Codar no YouTube, Instagram, Facebook e LinkedIn. O Matheus Battisti, programador por trás de tudo isso, cria conteúdos incríveis para quem está começando ou quer aprimorar os próprios conhecimentos!